sexta-feira, 16 de abril de 2010

Zagueiro Danilo pede desculpas em coletiva



    Depois de ficar por mais de duas horas prestando esclarecimentos no 23º Distrito Policial, o zagueiro palmeirense Danilo apareceu na Academia de Futebol para, pela primeira vez, dar a sua versão do episódio envolvendo o zagueiro Manoel, do Atlético-PR. Antes de iniciar a entrevista coletiva, o atleta pediu a palavra para se desculpar com o rival do time paranaense.
   ''Estou aqui para responder tudo, mas, principalmente, para pedir desculpas ao Manoel, que é um profissional. Estou arrependido. Não se cospe na cara de um homem, e não gostaria que fosse comigo. Aquele jogador de ontem, as pessoas que acompanham o Palmeiras e convivem comigo no futebol sabem que não é o Danilo. As pessoas me conhecem. Estou arrependido e peço desculpas a todos que me conhecem. Isso não vai mais acontecer"
   "Meu ato foi errado, mas não sou bandido. Eles acharam um bode expiatório e eu caí de gaiato. Dei brecha. Estou aqui de cara limpa para assumir que errei. Vou para lá (Curitiba) e quero jogar para ajudar o Palmeiras. Vou ser xingado e isso é coisa do futebol. Não vai ser um jogo normal por tudo o que foi criado, e o Atlético-PR é especialista nisso, em criar um clima hostil em decisões. Mas esse foi um ato do Danilo e não vai acovardar o Palmeiras"

Confira os principais trechos da entrevista:


“Macaco do c**”
- A palavra macaco foi errada da minha parte. Eu deveria ter caído (depois da cabeçada de Manoel). Mas não justifica o macaco. De repente poderia xingar a mãe dele, como ele xingou a minha. Macaco era impróprio no momento. Deveria ter sangue frio e pensar mais. Mas não aconteceu...

Lembrança do episódio entre Zago e Jeovânio, em 2006
- O que aconteceu com o Antônio Carlos é problema dele. Ele tem de se defender. Vou falar por mim. O Manoel tinha dito que era coisa do jogo, tanto que no segundo tempo teve outros empurrões. O que guardo dele (Manoel) é que é um baita jogador, de futuro imenso. Ele foi mal assessorado pelo Atlético-PR porque conheço as pessoas lá. Não guardo mágoa do que falou porque tem razão. Eu o hostilizei, mas não vai acontecer. Vamos esperar que tenha futebol na quarta que vem.

‘Não sou branquinho. Não sou racista’
- Fiquei surpreso (com a repercussão) porque sou jogador. Na delegacia, ouvi que eles tinham de prender bandido. (Macaco) Foi uma palavra e não uma ideia minha. Não sou branquinho. Na minha família mesmo, minha esposa é descendente de indígenas, e isso gera uma situação complicada. Não sou racista e polêmico, como estão falando.

Problemas no jogo na Arena da Baixada
- É uma situação criada por mim e por dirigentes do Atlético-PR. Vou ser hostilizado, pois essa situação quem criou fui eu e não o Palmeiras. Vou pagar por isso.

Denúncia na Justiça Comum
- Ainda está recente. Não parei para descansar, não consegui dormir. Vamos deixar as coisas rolarem para ter uma posição melhor.

Possibilidade de pegar um gancho pesado
- É complicado porque acho que o Palmeiras tem chances de chegar na final. Não fizemos um jogo brilhante, mas de superação. Entramos com espírito que o torcedor queria. Vou pagar pelo meu erro, é natural tomar um gancho e vou respeitar. 

Fonte: Globo.com

Att
Ðan Castanho

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