segunda-feira, 16 de abril de 2012

São Paulo não aceita conciliação, e TST julgará medida cautelar de Oscar

O São Paulo recusou, na tarde desta segunda-feira, a iniciativa de conciliação com o Internacional proposta pelo ministro Caputo Bastos, do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para o caso Oscar. Segundo o site oficial do TST, Bastos tentou a conciliação a pedido do relator da medida cautelar ajuizada pelo jogador, ministro Renato de Lacerda Paiva.
Com a recusa da conciliação, a decisão sobre o pedido cautelar de Oscar será do relator do processo. Na cautelar, Oscar pede a suspensão da decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), que em 21 de março reativou o contrato com o São Paulo.
No último dia 11, o relator concedeu cinco dias ao clube paulista para se manifestar a respeito da medida cautelar. Depois de prestadas as informações, o processo retorna ao relator para o exame da liminar.

Em contato com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM, o diretor jurídico do São Paulo, Kalil Rocha Abdalla, disse que a iniciativa de conciliação é uma atitude formal nos tribunais, mas que, na prática, representa somente uma coisa: o acordo deve ser feito diretamente entre o jogador e o clube.
– Isso é uma formalidade jurídica. O Tribunal costuma consultar as partes para comunicar se há interesse de acordo. É uma norma, uma praxe. Para evitar um julgamento, eles fazem isso. O São Paulo já conversou, e não tem sentido fazer nada no momento, não temos uma proposta de acordo que interesse – esclareceu o dirigente.
De acordo com Abdalla, o Internacional não representa nenhuma parte no processo, que remete somente ao São Paulo Futebol Clube e ao atleta. E, por enquanto, a ideia do clube é manter a ação na Justiça.
– Se o Oscar quiser acordo, que entre em contato. Não brigamos com o Inter, mas são eles que têm acordo com o jogador. Essa é a forma jurídica. O clube não paga nada, paga quem quer rescindir o contrato. O Oscar fez uma proposta que não interessou ao São Paulo. Se ele quiser, que aumente a proposta. Se aceitarmos, entramos com uma petição e requerimos o cancelamento do processo – finalizou.

Oscar pediu judicialmente a rescisão do contrato em dezembro de 2009, após problemas na renovação. A ação foi julgada procedente em junho de 2010, e o atleta foi contratado pelo Internacional, time pelo qual jogava até a decisão de 21 de março, quando o TRT-SP restabeleceu o contrato do jogador com o São Paulo.
Nesta segunda-feira, Oscar participou do programa Arena SporTV. Ele reafirmou o desejo de permanecer no Inter e revelou que chegou a sofrer ameaças do ex-dirigente são-paulino Marco Aurélio Cunha quando ingressou na Justiça contra o clube do Morumbi.

Fonte: Globoesporte.com

OPINIÃO

Muitos torcedores são paulinos gostariam que o São Paulo aceitasse a proposta do Inter e acabasse de  vez com esse imbróglio envolvendo o jogador Oscar. Eu confesso que também adotei esta linha de pensamento por um tempo.Só que enxergando de uma maneira macro a situação, concordo plenamente com a decisão atual da diretoria tricolor em não ceder a tentativa de acordo. O jogador saiu do clube influenciado nitidamente por seu empresário ( que tentou levar Casemiro e outros pelo mesmo caminho), praticamente abandonando o contrato de trabalho que tinha com o clube que o criou, investiu e apostou as fichas em seu futebol e além disso, acertou com outro clube como se tudo estivesse mil maravilhas, no linguajar popular "metendo um louco" no São Paulo. Se alguém quer levar o Oscar, que pague o valor que ele vale atualmente (somado o período em que se manteve afastado do clube) que é de R$ 17 milhões, porque ele é sim jogador do São Paulo!Se ninguém pagar, que ele sinta o prazer de voltar ao nosso clube, sendo homem para arcar com as consequências de seus atos passados irresponsáveis. Que este processo se arraste por muito tempo, mas que ao final o Tricolor consiga recuperar o dinheiro que investiu no jogador, vendendo ele para qualquer clube do mundo, com exceção do Internacional, que já mostrou não ser nada ético em seus negócios.

 

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