sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Até quando?

Nos últimos tempos estamos acompanhando jogadores que brilharam em um passado recente, mas que nos dias de hoje parecem não ter mais vontade nenhuma de jogar futebol, ou melhor, jogar futebol eles até querem, mas não desejam mais seguir alguns "sacrifícios" necessários que todo atleta precisa, são os casos mais claros de Adriano e Ronaldinho Gaúcho.

Talvez não seja fácil ser milionário e ter que se privar de algumas coisas, como dias e dias do ano em concentrações, distância da família, evitar ou ao menos reduzir comidas e bebidas muito calóricas, como uma bela pizza, uma suculenta picanha e um chopp geladinho, mas enfim, é o dom divino que receberam, é o que escolheram pra fazer da vida, se tornaram jogador por opção, ninguém colocou um revólver em vossas cabeças e os obrigou a jogar.

Agora, será que é tão difícil jogadores com essa representatividade para o futebol e com salários astronômicos passarem muitos dias do ano hospedados em hóteis 5 estrelas? Viajarem em bons aviões? Ser tratados como reis pelos grandes clubes que disponibilizam: assistência médica, nutricionista, fisiologista, massagista, podólogo, advogado nos momentos de apuro, e olha que ultimamente não são poucos, entre outros benefícios. Será que eles tem noção do tempo de espera para uma simples consulta na maioria dos hospitais públicos do país? Talvez esse seja o grande problema, quando se perde o valor das coisas e a noção do dinheiro.

Será que esse tipo de jogador não lembra sua infância sofrida? Com seus pais ganhando salário mínimo, acordando cedo, pegando ônibus lotado, enfrentando horas de trajeto para depois pegar no batente, comer marmita no almoço e ainda enfrentar as mesmas dificuldades de trajeto na volta. Sem convênio médico, sem carro, morando de aluguel e o principal, sem reclamar da vida! Essa é a vida da grande maioria dos brasileiros.

O que julgam como dificuldades, é o que a maioria da população sonha como benefícios, existem milhões de pessoas que assim como eu, vivem longe de casa, longe da mãe, longe da família, e o pior, não temos condições de pegar um avião quando bem entendermos para visitá-los, muito menos proporcionar que eles nos visitem.

Abram o olho pessoal, aproveitem o dom que receberam e a oportunidade que tem. E o principal, não percam a noção do dinheiro pelo mundo que vivem, pois amanhã a idade chega, os clubes cairão na real (espero), as oportunidades irão desaparecer e a carreira acaba!

No futebol de hoje não basta ser jogador, tem que ser atleta!

Espero que os clubes entendam isso um dia, não percam a noção do dinheiro, voltem para a realidade do futebol nacional e aprendam a dar oportunidades a quem realmente merece. Olho na base!

Abraços.

Léo Cavallieri

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