quarta-feira, 18 de agosto de 2010

500 vezes Santo !

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   Concentrado para a decisão contra o Vitória pela Copa Sul-americana, Marcos não queria saber de festa. Porém, foi convencido a aceitar na tarde desta quarta-feira uma série de homenagens na Academia de Futebol em referência aos 500 jogos pelo Palmeiras, marca que será completada no dia seguinte no Pacaembu, em um confronto que o Verdão precisa reverter uma desvantagem de dois gols de diferença.

   Da diretoria alviverde e de seu patrocinador particular de material esportivo, Marcos recebeu uma camisa personalizada com o número 500, o seu boneco com os braços para o alto, gesto que eternizou ao defender pênaltis, e um troféu banhado a ouro com a imagem de suas luvas. Desde 1992 no Palestra Itália, o arqueiro é um dos grandes nomes da história do Alviverde Imponente.
   O técnico Luiz Felipe Scolari fez questão de participar das bajulações ao arqueiro e deixou claro que o clima de festa não vai prejudicar o Palmeiras diante do Vitória. "O pessoal relutou por ser véspera de jogo decisivo, mas tem que festejar. Agora o Marcos tem que fechar o gol amanhã", brincou o comandante, esbanjando bom humor.


Veja os principais momentos da entrevista de Marcos
nesta quarta-feira na Academia de Futebol


Homenagem
É uma responsabilidade saber que amanhã (quinta-feira) tem um jogo importante. Achava melhor jogar e festejar depois, dependendo do resultado. É um jogo importante, uma barca furada pela situação. Mas fico feliz com as homenagens, é a prova de que sou querido. Vou tentar fazer como nos outros 499, ou seja, um grande jogo.
A marca
Devido às contusões, poderia ter feito mais jogos. Fiquei quase três anos sem atividade. É uma grande marca se analisarmos a minha superação. Hoje em dia, há uma reestruturação no futebol, ninguém consegue manter os jogadores pela questão financeira e os objetivos profissionais de cada um. Se o atleta alcança 200, 250 jogos, já é muito.
Objetivos no futuro  
Passando de 500 partidas, agora é bônus. Será o tempo que eu aguentar. Converso diariamente com o Carlos Pracidelli (preparador de goleiros) e os médicos. Vai ser difícil cumprir todos os jogos de quarta e domingo. Dentro de uns dois jogos, terei de ser poupado. Com todos os problemas físicos, foi difícil. Mas o melhor de tudo é superar. Como disse, já chorei muito com contusões. Graças a Deus, dei a volta por cima todas as vezes. Foi um aprendizado.
Fundo do poço em 2000
É um milagre estar jogando em alto nível. Na minha primeira cirurgia na mão esquerda, eu tinha 50% de chances de voltar. Apenas um jogador de beisebol e outro de basquete, o Isiah Thomas, haviam feito e não conseguiram prolongar a carreira. Na época, pensei que estava ferrado, eu tinha apenas um ano como titular. Felizmente, a mão é o que menos preocupa hoje. No goleiro, o pulso não precisa ter tanto movimento como em outros esportes, apesar de não conseguir abrir uma porta só com a esquerda. Até hoje o médico usa a imagem da minha cirurgia como exemplo. Eu o agradeço sempre.
Segredo do sucesso
Jogador deve ter alma, não pode vestir a camisa só para ganhar dinheiro. Os jogadores do Palmeiras estão se empenhando. Claro que está muito aquém do que esperamos. No último jogo contra o Atlético-PR já foi diferente. Agora buscamos a regularidade, estamos brigando por esse foco. Esse grupo só vai ganhar o status de ídolo se ganhar títulos.
Piores momentos
Eu lembro da final do Mundial de 1999 contra o Manchester United, que admiti a falha no gol. Eu estava tão bem na época. Se fosse para os pênaltis, eu me consagrava. Eu carrego esse peso. E também teve a furada contra o Vitória na derrota por 7 a 2. Mas as falhas ajudaram a me tornar um bom goleiro, tanto que fiquei entre os melhores do país.
Melhores momentos
No Palmeiras, a final da Libertadores. Além, é claro, da Copa do Mundo, que tive atuações boas em várias partidas com a seleção. Também lembro da disputa da Série B, em que tivemos jogadores jovens. Eu tive uma grande responsabilidade. No fim do ano, aconteceu tudo o que esperava, tanto que retornamos à primeira divisão.
Rivalidade com o Corinthians
Jogar no Palmeiras significa ter grandes rivais como Corinthians e São Paulo. Essa disputa faz todos ficarem grandes. Estamos falando de paixão. Já ganhei muitas vezes do Corinthians como também perdi. Sempre respeitei a todos. Para um time ser grande, você precisa de concorrentes de peso.  
Fontes: Gazeta e Globo
Opinião

  PARABÉNS MARCÃO !
  Pessoas como vc são exemplos dentro e fora de campo

Abs
Ðan Castanho

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