Já sentindo a pressão com quatro meses no cargo, o dirigente diz que desabafou. E pede que os palmeirenses o entendam. "Só quero que se coloquem no meu lugar como presidente. Fui bastante criticado na derrota por 6 a 0 para o Coritiba, na Copa do Brasil e por causa da Arena nos últimos dias e fiquei quieto", argumentou. "A torcida tem que se colocar no meu lugar", insistiu.
O mandatário tenta manter seu ar sereno após reforçar a crise com críticas públicas envolvendo os principais nomes do futebol do Palmeiras atualmente. Gostaria que suas palavras fossem entendidas como a de mais um torcedor chateado com os recentes insucessos em campo. Agora, usa seu cargo como argumento.
"Tenho que assumir a responsabilidade do que falei e estou tranquilo. Mas fiquei chateado pelo rebuliço do fim de semana. Foram colocações verdadeiras e as pessoas têm que entender que também posso falar algumas coisas. Sou o maior responsável pelo clube. Se der alguma coisa errada, quem vai ser o responsável é o Arnaldo Tirone, presidente do Palmeiras", justificou.
Como um pedido de trégua à pressão, ele pede mais atenção ao seu trabalho na parte financeira, um dos pilares da campanha que o elegeu. "Quero que a torcida saiba que quero organizar o clube, pagar os salários em dia - o que não é mérito, é obrigação nossa - e aumentar a renda para poder investir no futebol. Estamos pagando as contas, colocando-as em dia", apontou.
Como uma resposta imediata à torcida, concordou com a necessidade de reforços, como um zagueiro e um lateral esquerdo. E admitiu que a diretoria está de olho em um meia-atacante argentino, que mantém em sigilo. "É Jesus Cristo", brincou. "O Palmeiras tem uma boa equipe, já montada, e está se organizando, crescendo. Vamos tentar nos reforçar e continuar buscando alguns nomes", prometeu.
*Fonte: Terra
AbsDan Castanho
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