Um filme recém-lançado está fazendo a torcida do Santos entender a
força da expressão “você ainda vai rir disso um dia”. Dirigido pelo
jornalista e aprendiz de cineasta Ciro Hamen, o documentário em
curta-metragem “Meninos da Fila”, brinca com os 18 anos de derrotas,
humilhações recordações absolutamente esquecíveis que o time do Rei Pelé
viveu entre os anos 80 e 90.

O que fazer nessa situação? Como ganhar aquela discussão no bar, na
padaria, na escola? Os santistas da época agiam como muitos agem até
hoje: apelam a Pelé e à história dourada que eles não viram.
“Meu pai me deu um livro, e eu tive que ler para ter argumentos na
escola”, relata, hoje sorrindo, um dos torcedores entrevistados por
Hamen.

“Quem é santista da nossa idade [e passou pela fase negra], torce
mesmo, de verdade, porque não tinha glamour nenhum”, diz um dos “meninos
da fila.”
A lembrança mais dolorosa para esse pessoal, entre tantas, é o gol do
meia Ricardinho na semifinal do Paulista de 2001. Faltando 30 segundo
para o fim do jogo no Morumbi, o corintiano acertou um belo chute de
esquerda e decretou a extensão da fila santista por mais alguns meses.
Ela só teria fim um ano depois quando a geração de Diego e Robinho
levantou o título do Brasileiro sobre o comando de Emerson Leão.
Hoje, a torcida que vê de perto o melhor jogador brasileiro em
atividade, que nos últimos três anos levantou seis títulos, pode querer
esquecer aquela fase difícil. Mas quem cresceu e aprendeu a gostar do
Santos nos maus momentos diz que agora valoriza mais os anos de glória.
O curta-metragem, que está sendo vendido a R$ 10, foi exibido e
premiado em setembro em um festival que reuniu vários filmes sobre o
clube..
Uol esporte
Att: Marcel Henrique
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