domingo, 17 de junho de 2012

Zetti comemora 20 anos do título da Libertadores no gol onde fez história

Uma defesa que mudou a história de um clube. No dia 17 de junho de 1992, a grande área do lado do portão principal do Morumbi foi palco do lance que iniciou a transformação do São Paulo em soberano. O zagueiro argentino Gamboa, do Newell’s Old Boys, bateu o pênalti à meia altura, no canto esquerdo de Zetti, que voou para espalmar e iniciar o capítulo mais glorioso da história do Tricolor.
Neste domingo, o primeiro título da Libertadores completa 20 anos. Conquista que não só elevou a equipe a um patamar internacional, mas também mudou a forma como a competição passou a ser encarada no futebol brasileiro. O próprio São Paulo, naquele ano, iniciou o torneio com time reserva para priorizar o Campeonato Brasileiro. A Libertadores levava pouco público ao Morumbi. Terminou com 105 mil pessoas eufóricas no estádio.




Para falar dos 20 anos da conquista histórica, o GLOBOESPORTE.COM levou Zetti de volta ao gol em que marcou época. E o reencontro do jogador com seu território fez sua memória reviver. Ele revelou detalhes e histórias saborosas da campanha tricolor e assegurou que sua defesa no pênalti de Gamboa é a mais importante da história do São Paulo.
- Não tem jeito, foi o primeiro título da Libertadores e levou a todas essas estrelas que temos hoje. Não é a mais difícil, fazemos várias defesas difíceis, mas, de importância, é a maior da minha carreira e da história do clube.
Uma defesa tão importante que Zetti considera ter sido feita a seis mãos. Na semifinal, o Newell’s havia eliminado o America de Cáli (COL) também nos pênaltis, em incríveis 11 a 10. Todos os jogadores cobraram. Bom para o preparador de goleiros do São Paulo, Valdir Joaquim de Moraes, que viajara a pedido do técnico Telê Santana para acompanhar o duelo que decidiria o rival do São Paulo.
Ele voltou com anotações valiosas. Depois de perder por 1 a 0 em Rosário, cidade do Newell’s, os brasileiros se prepararam para decidir o título nos pênaltis. Os cantos escolhidos pelos rivais foram indicados por Valdir de Moraes num pedaço de papel, que ficou nas mãos do goleiro reserva Alexandre, falecido num acidente de carro um mês após a final. No tempo normal, Raí, também de pênalti, fez o gol da vitória e igualou o resultado.

Na hora das cobranças, enquanto todo o time ficou perfilado, Alexandre se isolou dos demais no meio de campo para que Zetti pudesse enxergá-lo. Era ele quem orientava para que canto o titular deveria pular.
- No primeiro eu me desconcentrei. Sempre ficava parado no gol e esperava a iniciativa do batedor, mas saí antes. O Valdir estava atrás do gol e me deu uma dura. Depois passei a confiar no que estava no papel, fiz o que era determinado pelo Alexandre, com gestos. Não errei mais nenhum canto. Um foi para fora, outro na trave e o do Gamboa eu peguei.
Zetti não teve nem cinco segundos para comemorar sozinho. O primeiro a pular em seus ombros foi o atacante Muller, que havia sido substituído por Macedo no segundo tempo e viu a disputa de trás do gol. Depois, a multidão que ocupava o anel inferior do Morumbi. Cerca de 20 mil pessoas invadiram o gramado, e Zetti passou a ser passageiro da emoção da torcida.
- Alguém me colocou nos ombros e eu não ia mais para onde queria. Não tinha ação. Perdi camisa, meia, chuteira... Fiquei só de sunga. Só fui pegar a medalha no vestiário, não vi a comemoração no campo. São imagens marcantes de uma história que eu nem imaginava contar 20 anos depois - relembrou o antigo camisa 1.

Fonte: Globoesporte.com (Imagem: Marcos Ribolli)
 
 
OPINIÃO
 
O título que mudou a história do São Paulo faz 20 anos e nós, como orgulhosos são paulinos não podemos deixar de comemorar esta grande conquista, celebrando o troféu e os jogadores que iniciaram nossa trajetória vitoriosa pela América. 

Em especial, um grande agradecimento a este goleiro excepcional chamado Zetti, que em minha opinião foi o 2º maior da história do clube (para alguns, ele foi até mesmo melhor que o M1TO Rogério Ceni), peça fundamental na conquista de nossa primeira Taça Libertadores.

Valeu Zetti, Raí, Muller e todo o elenco que mudou pra sempre a história do nosso clube!




 
 




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