segunda-feira, 18 de junho de 2012

Com crianças indígenas em evento, São Paulo lança programa ambiental

- Chego para somar.
A frase, apesar de clichê, não foi dita por nenhum jogador. Pertence ao diretor de meio-ambiente Eduardo San Martin, empossado nesta segunda-feira no cargo criado por Juvenal Juvêncio, que resolveu colocar o São Paulo com força na questão da sustentabilidade.
Com oito metas iniciais, o clube elaborou um plano sócio-ambiental para educar torcedores, jogadores e associados: classificar e diversificar a vegetação, determinar novas fontes de energia, reciclagem, reutilização da água, qualidade do ar, educação ambiental, solidariedade e atitude.
Em evento no Salão Nobre do Morumbi, que teve abertura com uma apresentação de jovens índios em tupi-guarani, o Tricolor anunciou que deverá fazer uma cartilha para orientar seu torcedor a minimizar o impacto ambiental.
- É para ele saber o que causa no meio-ambiente desde o momento em que acorda até a hora que vai dormir. Um aprendizado. O torcedor tem o costume de se espelhar no clube que torce ou no jogador que é ídolo. Acredito que o clube de futebol possa ser o agente transmissor dessas atividades para a sociedade - afirmou San Martin, que agradou aos dirigentes com seu discurso e por se referir no final a Juvenal como "meu presidente".
O clube vai usar o Morumbi e seus centros de treinamento (Barra Funda, Cotia e Guarapiranga) para promover na prática as ações propostas no plano. Para obter sucesso, no entanto, o novo diretor deixou claro que espera parcerias de diversas esferas: privadas, governo do Estado (representado na solenidade) e Ministério Público, por exemplo





San Martin atua há 29 anos na área ambiental. É engenheiro com especialização em gerenciamento ambiental e em controle de poluição. Foi diretor da CETESB, diretor de Meio Ambiente da Associação Brasileira da Industria Textil (ABIT) e atualmente é diretor de Meio Ambiente da FIESP e do CIESP, além de consultor de empresas para assuntos de meio ambiente.


De acordo com o novo integrante da diretoria são-paulina, atitude é o principal trunfo das ideias elaboradas pelo clube. Ele aproveitou para contestar a eficiência da Rio +20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que celebra os 20 anos da Rio-92 e vai até dia 22 de junho).
- Podem ter certeza que ao final dela haverá um documento que vai falar, falar, falar, mas não falará nada. Porque falta atitude, que é justamente o que tem neste plano sócio-ambiental do São Paulo - afirmou.
A cobertura do Morumbi também será alvo do plano de sustentabilidade do Tricolor. Enquanto não inicia as obras, pois ainda não tem os alvarás necessários, o clube procura parceiros que atuem na geração de formas alternativas de energia, como a solar e a eólica (proveniente do vento).
Juvenal Juvêncio aposta que a força do futebol fará com que a campanha chegue aos ouvidos inclusive dos torcedores de classes sociais mais baixas. O presidente também confirmou que vai intensificar e envolver cada vez mais os atletas na campanha de doação de sangue.
- Era preciso que o São Paulo levantasse a bandeira da sustentabilidade. Precisamos ter um mundo respirável e habitável. O São Paulo pode dar exemplos para o estado, o país e o exterior, pois tem uma imagem internacional, já que é três vezes campeão do mundo - vangloriou-se Juvenal.




Fonte: Globoesporte.com (Foto: Rubens Chiri - saopaulofc.net)




 OPINIÃO


Belíssima iniciativa do São Paulo, tornando ainda mais amplo o verdadeiro sentido da palavra "clube", que deve representar, no nosso caso, além de uma Instituição voltada ao futebol e demais esportes, também uma entidade que promova um trabalho em esferas da sociedade de extrema importância, como cidadania, conscientização quanto a programas de saúde (Projeto Doe Sangue) e, claro, na nova iniciativa voltada ao meio ambiente e sustentabilidade.

As oito metas iniciais estabelecidas pelo clube são extremamente representativas e com toda certeza contribuirão para um mundo melhor.

Que esta iniciativa sirva de exemplo para que outros grandes clubes do Brasil mergulhem de cabeça nesta causa, fazendo seu papel para um país, um mundo melhor.

Ah, antes que alguém exalte o fato do Tricolor ser pioneiro nesta empreitada e etc,etc,etc...prefiro fugir deste rótulo de pioneirismo e diferenciação que foram manchados por nossa diretoria nos últimos anos, principalmente em assuntos relacionados ao futebol.

Entendo esta ação como um ponto positivo do São Paulo frente a esfera futebolística do país. Aqui, o que realmente conta é o programa de conscientização ambiental, e não disputas entre clubes para ver quem é melhor por fazer isso ou aquilo primeiro.

Que o São Paulo continue grande como time e principalmente como clube, desenvolvendo ações como esta.

Nota 10!









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