Palmeirenses tentam impedir aumento para Kléber

  A crise com Kléber deixou o presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, sentindo-se pressionado a dar um aumento para o atacante, segundo dirigentes do clube.
  Os cartolas abriram fogo contra Pepe Dioguardi, agente do jogador. Para eles, o empresário está usando a proposta do Flamengo para alavancar os vencimentos do atacante. Ele estaria insatisfeito pelo fato de o Gladiador ganhar menos do que Valdivia, Marcos e Lincoln.
  Nesta segunda, Pepinho, como é conhecido o agente, se encontrou com Tirone. O cartola sugeriu uma conversa do empresário com o vice Roberto Frizzo para aparar arestas. A sugestão soou no clube como um aceno de aumento.
 “Não vou conversar com ninguém sobre aumento porque não estamos pedindo nada. Se o Palmeiras quiser dar um reajuste, tem que ser por vontade do clube”, disse Pinho ao blog. Ele negou que tenha falado aos palmeirenses sobre uma proposta de R$ 400 mil mensais do Flamengo para Kléber. Além de luvas no valor de R$ 1 milhão. No alviverde, ele recebe por volta de R$ 300 mil.
 “Não conversei com o Flamengo porque negociar salário com outro clube daria ao Palmeiras o direito de reclamar na Fifa”, afirmou o empresário.
  Os dirigentes reclamam também que Pepinho recebe mensalmente do clube uma quantia referente à comissão devida por Kléber a ele por seus serviços. Segundo eles, o empresário receberá nos cinco anos de contrato do atleta R$ 1,6 milhão, sempre das mãos do Palmeiras.
 “Tenho direito a uma quantia, mas é muito, muito menos. Isso acontecia desde que o Kléber jogava no Cruzeiro. Só transferi os valores de lá para cá, não aumentei nada para o Palmeiras. E, se o Kléber sair do clube antes do fim do contrato, eu paro de receber. Além disso, parcelei o valor”, explicou o agente.
  Para dirigentes e conselheiros, Pepinho tentou aterrorizar Felipão e Tirone com a possibilidade de o atacante ir para o Rio. Por isso, teria dito ao técnico que a multa rescisória é de cerca de 6 milhões de euros. Metade ficaria com o Palmeiras e a outra parte com o Cruzeiro. Mas os dirigentes dizem terem descoberto que o valor é bem maior, equivalente a mais de 60 milhões de euros.
 “Nunca falei sobre o valor da multa, simplesmente porque não sei. Não me meti nisso quando o Kléber veio do Cruzeiro”, defendeu-se o empresário.
  Pelo discurso dos dirigentes palmeirenses, Kléber não vai mesmo deixar o Palestra Itália agora. Porém, eles decidiram iniciar uma operação de guerra para impedir que o jogador receba um aumento.

*Fonte: Ricardo Perrone (Uol)

Abs
Dan Castanho