sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fábio Costa encara rejeição, férias forçadas e soma R$ 800 mil sem trabalhar



Um goleiro experiente, com títulos na carreira, mas com histórico de problemas e caro. Fábio Costa deixou o cenário do futebol há mais de cinco meses, encontra dificuldades no mercado, e sobrevive tranquilamente graças ao volumoso ordenado de cerca de R$ 155 mil que ainda recebe de Santos e Atlético-MG.

O goleiro está de férias forçadas desde janeiro já que é rejeitado pelos clubes. Morando em uma praia do Litoral Norte de São Paulo, Fábio Costa não quer mais a atenção da mídia, se nega a dar entrevistas, e vive a rotina de um ex-jogador, embora ainda tenha vínculo com o Santos até o fim de 2013, e seja atleta do Atlético-MG até o fim do ano por empréstimo.

“A situação dele eu não considero dramática, pois ele tem um salário elevado, um contrato em vigência e longo. Ficar parado e ganhando o que ele ganha eu também gostaria de ficar”, cutucou o presidente santista Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.

“O Atlético paga metade do salário para o Fábio Costa, e o Santos paga o restante, em dia, respeitando o acordo, cumprindo com as suas obrigações. Mas o jogador não faz parte do elenco do Atlético”, destacou o diretor de futebol do Atlético-MG, Eduardo Maluf.

Cumprindo os compromissos contratuais, Santos e Atlético-MG já desembolsaram juntos cerca de R$ 800 mil para pagar Fábio Costa desde o início do ano. O goleiro vive uma situação cômoda, e não se desespera na procura de um novo clube.
“Ele não vai para qualquer clube. A situação profissional é triste, mas o Fábio Costa sabe que as coisas no futebol mudam de uma maneira muito rápida. Não existem cinco goleiros no Brasil melhor que ele atualmente. A qualquer momento alguém pode precisar do Fábio”, opinou o empresário do goleiro, Marcelo Robalinho.

Clubes da Série B não são vistos com bons olhos. E a dificuldade maior é encontrar algum interessado em pagar cerca de R$ 75 mil mensais, assumindo a quantia gasta pelo Atlético-MG no momento.

No Santos, Fábio Costa vai se tornar um peso maior na virada do ano, ao fim do empréstimo com o Atlético-MG. O time da Vila terá que arcar sozinho com os cerca de R$ 155 mil por mais 24 meses. Isso se nenhum clube surgir com interessado. “O Fábio Costa não tem uma rejeição técnica no mercado. E sim por ter sido um goleiro que vestiu bastante a camisa do Santos, e arranjou muito problema em nome do clube”, destacou Robalinho.

A amizade declarada com o ex-presidente Marcelo Teixeira, e a idolatria do mesmo pelo goleiro, fizeram com que Fábio Costa jamais tivesse uma oportunidade no Santos após a antiga oposição tomar posse do clube.

Os dirigentes dos clubes tratam o assunto com extrema delicadeza. Temem explicitar a forte rejeição facilmente percebida nos bastidores. O que às vezes é complicado de conseguir.

“Estamos agindo com o rigoroso cumprimento do contrato. Ele está emprestado até o fim do ano, e continuamos pagando a parte do salário pela qual somos responsáveis”, destacou Luis Alvaro.

O Atlético-MG tentou devolver o goleiro para o Santos no início do ano. Porém, o time paulista não aceitou a quebra do acordo. Com isso, Fábio Costa seguiu na equipe mineira, mas sem treinar sequer na Cidade do Galo. Sem a possibilidade de devolução, a diretoria atleticana passou a procurar novo time para o goleiro.

A diretoria atleticana informou para os empresários de Fábio Costa, que ele poderia procurar um novo time. Porém, nem o clube mineiro e nem os representantes do atleta encontraram nenhuma equipe que tivesse o interesse de contar com o goleiro.



Até mesmo uma divisão tripla no ordenado de Fábio Costa, com outro clube assumindo a terceira parte e ficando com o empréstimo do goleiro até o fim do ano foi cogitado por Santos e Atlético-MG. Nada deu certo.

Desta forma, Fábio Costa vive situação rara no futebol. O goleiro não sofre de lesão, está empregado, mas não consegue trabalhar. A rejeição fala mais alto. Apesar disso, a estabilidade financeira continua garantida por muito tempo.

(Uol esporte)

Att: Marcel Henrique

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