terça-feira, 2 de novembro de 2010

Triste, Felipão lamenta não ter tido "total controle" no Chelsea


  Apesar de ostentar a maior glória na carreira de uma pessoa envolvida com o futebol, o título da Copa do Mundo, o técnico Luiz Felipe Scolari convive a frustração da passagem pelo Chelsea, entre os anos de 2008 e 2009, como externou nesta terça-feira, em entrevista concedida para o site da Fifa (Federação Internacional de Futebol e Associados). Na visão do treinador, um pequeno grupo de atletas do clube foram os responsáveis pelo insucesso do brasileiro no futebol inglês. 
  "Eu havia tomado posições que outros técnicos não tomaram. Então, o ambiente não era de domínio total meu, porque eu sofria alguma resistência, principalmente de dois ou três jogadores que tentaram se impor de uma forma que não era correta. Fiquei triste, porque queria permanecer e gostava. Acho o futebol inglês maravilhoso", disse o treinador brasileiro, que apontou a "falta de suporte" da direção do clube como um fator diferencial pela demissão.
  Consagrado no Brasil depois de vencer a Copa Libertadores da América nos anos de 1995 (Grêmio) e 1999 (Palmeiras), Luiz Felipe Scolari ganhou projeção no continente europeu no ano de 2002, quando conquistou a Copa do Mundo pela Seleção Brasileira.
  O trabalho consagrado com o pentacampeonato mundial credenciou o treinador a assumir o cargo de técnico de Portugal, dois anos antes de o país receber a Eurocopa. Vice-campeão no torneio, em 2004, e quarto colocado no Mundial de 2006, com o país luso, Felipão revolucionou o futebol português, convocando jogadores naturalizados como Deco, e, posteriormente, Pepe.
  Sob o seu comando, a nação portuguesa voltou a figurar entre as principais forças futebolísticas do mundo. Contudo, a queda na Eurocopa fez Felipão se desgastar com a direção da federação local. Mas, o trabalho bem sucedido transportou o brasileiro para comandar o Chelsea, um dos principais times da Europa.
  Entretanto, Felipão não encontrou tempo suficiente para impor seu trabalho. "Cheguei com uma forma de trabalhar que não era identificada com o futebol inglês. Na América do Sul, nós trabalhamos muito com fundamentos. Quando temos a semana toda de treinos, por exemplo, fazemos coletivo entre titulares e reservas, e lá isso não é comum. Isso também ajudou a que eu não permanecesse", disse Scolari, que afirma ver frutos do seu trabalho no atual líder do Campeonato Inglês com 25 pontos, cinco a mais do que o Arsenal.
  "O Anelka, que nem era usado, não se tornou de um dia para outro o goleador do Chelsea. O Ashley Cole não usava o pé direito e depois fez até gol assim. O Kalou, que era um jogador só de velocidade e tinha dificuldade para o drible, aprendeu a driblar O próprio Drogba, que tinha uma lesão grave no joelho, hoje está curado graças ao meu trabalho", concluiu Scolari.
*Fonte: Terra
Abs
Ðan Castanho

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