quinta-feira, 31 de março de 2011

Começou mal ...


  O presidente Andrés Sanchez parecia emocionado com a primeira entrevista coletiva de Adriano como atacante do Corinthians. Com os olhos marejados, chegou a cumprimentar o jogador depois de uma declaração otimista sobre o futuro no Parque São Jorge. Mas a expressão do mandatário mudou drasticamente quando o assunto era o rival São Paulo.
  "Respeito muito o São Paulo, que também fez parte da minha vida. Fui para lá me recuperar. Não vou comemorar se marcar gol contra eles. Devo isso ao São Paulo", discursou Adriano, que defendeu o clube do Morumbi em 2008, quando se reabilitava de depressão. Emprestado pela Internazionale, da Itália, ele marcou 17 vezes em 28 jogos disputados como são-paulino.
  Sanchez ficou enfezado enquanto Adriano falava sobre o São Paulo - o presidente do Corinthians elegeu o dirigente Juvenal Juvêncio como inimigo político desde seus primeiros dias de mandato. Constrangido, conseguiu reagir com bom humor pouco depois: "Com o tempo, a gente muda a cabeça do Adriano".
  A própria contratação de Adriano serviu para acirrar a rivalidade com o São Paulo. Dias depois de o clube rival anunciar a repatriação do ídolo Luís Fabiano, o Corinthians respondeu com a chegada do antigo atacante da Roma. Havia a expectativa até de que ambos fossem apresentados no mesmo dia, na última terça-feira.
  Sanchez preferiu adiar a recepção a Adriano para esta quinta-feira - segundo ele, porque seria injusto dividir as atenções com o São Paulo. Enquanto o rival realmente apresentou Luís Fabiano na terça-feira, diante de cerca de 45.000 torcedores no Morumbi, o Corinthians preparou uma cerimônia discreta para o seu reforço, que posou para fotos no CT Joaquim Grava, como acontece com as contratações menos badaladas.
 "Tentamos fazer algo diferente para o Adriano, mas as coisas estão saindo do controle com essa rivalidade. Faço a minha mea culpa também. Quisemos apresentar o Adriano de um modo mais sério e tranquilo", justificou Sanchez.
  Adriano já começou a aprender que o presidente do Corinthians partilha da rivalidade alimentada pelos torcedores. Logo depois de afirmar que não festejaria gols contra o São Paulo, ele ressalvou: "Mas não posso deixar de marcar gols, né? Isso é bom para mim e para os torcedores. Preciso respeitar também o Corinthians".
*Fonte: Gazeta Esportiva


Abs
Ðan Castanho

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